POR Abilio Diniz

O Brasil passa por um ótimo momento econômico marcado pela democratização do crédito. Vivemos um período de crescente consumo interno, graças ao aumento da oferta de empregos e da renda per capita. Acredito que o principal desafio do setor varejista, agora, seja atender a esse aumento de demanda com uma oferta extremamente eficiente; ou seja, nesse momento é importante fortalecermos a empresa nacional de grande porte, capaz de distribuir por todo território nacional bens de consumo em larga escala, com agilidade, qualidade e preços baixos.

Nesse contexto e seguindo a diretrizes estratégicas de seu Conselho de Administração no sentido de ser a mais eficiente empresa brasileira na distribuição de alimentos e não alimentos, bem como ampliar os conhecimentos nesse setor, o Grupo Pão de Açúcar fecha essa operação com o intuito de assegurar as melhores práticas na venda de bens duráveis. Reconheço na Casas Bahia o melhor player nacional e talvez um dos melhores do mundo em tecnologia da informação, logística e know-how do mercado consumidor, com especial destaque para as classes C e D. Além disso, essa operação permitirá a captura de sinergias entre Casas Bahia, Globex e GPA, o que resultará em maior eficiência comercial.

Para Casas Bahia e família Klein, essa operação proporcionará a perpetuidade da empresa criada por Samuel Klein há 57 anos. Perpetuidade que será atingida a partir da integração a um grupo com um sistema de gestão sólido. A operação garantirá a total profissionalização do management, associada a uma governança corporativa simples, porém eficiente. É claro que a família Klein continuará contribuindo com seu trabalho e expertise para o fortalecimento da nova empresa.

E, sem dúvida nenhuma, essa operação irá beneficiar o consumidor. Poderemos oferecer uma grande gama de produtos, com preços mais competitivos num cenário caracterizado pela concorrência acirrada. Enfim, com essa operação pretendemos apenas agregar valor ao que já é bom.