Ampla, sóbria e elegante decoração com móveis em estilo inglês e troféus de uma época em que vencia campeonatos de automobilismo, de tênis, de pólo e até de motonáutica, a sala do empresário Abilio dos Santos Diniz – homem que quase quarenta anos trabalha na empresa de sua família e responsável por sua transformação no maior grupo privado nacional – parecia na semana passada, pequena demais para acolher o seu olhar. Instalado no penúltimo andar de uma das duas torres, com doze pavimentos cada uma, inauguradas no ano passado como o marco da opulência de uma família que surgiu do nada, mexendo com bolos de aniversários e brigadeiros, Abilio passou a mão pela testa e suspirou antes de desabafar a um interlocutor: “Em absoluto nos consideramos os desafortunados do destino. O importante é fazer o que tem que ser feito com sabedoria”.