Nos anos 80, quando tinha 53 anos, o empresário Abilio Diniz estava velho. Não no físico, talhado ao longo de décadas, num dia a dia disciplinado que inclui quatro horas de exercícios. Mas no terreno das ideias Abilio era visto como homem do passado, disposto a exibições de valentia e confiante demais em sua habilidade com o revólver que levava no carro. No campo profissional, dizia-se que representava a obsolência: uma família que se agarrava ao controle de uma empresa, o então decadente Grupo Pão de Açúcar.