A despeito de toda a celeuma em torno da desnacionalização da economia brasileira que se seguiu à abertura do mercado e ao impetuoso processo de fusões e aquisições dos anos 90, um fato se impõe: as empresas familiares ainda têm um peso extraordinário no capitalismo brasileiro. Numa lista dos 200 maiores grupos empresariais do país, elaborada pela consultoria Bain &Company, os 76 controlados por famílias respondem por quase um terço do faturamento. A mesma pesquisa revela que, em valor de mercado, o peso relativo dos grupos familiares listados em bolsa só perde para os seus congêneres belgas.