Meu pai, Valentim dos Santos Diniz, foi meu ídolo. Muito do que fazia era para ele, para contar ou mostrar, para que tivesse orgulho de mim. Na doceria pão de açúcar em 1948, com 12 anos, enrolava os brigadeiros com capricho, para que ficassem como meu pai gostava. Com 13, pedalava rápido na bicicleta para que as encomendas chegassem logo à casa dos clientes. Pois na volta, ele elogiaria meu esforço. Com 22 anos, em 1959, desisti de ser professor para ajudá-lo a criar o primeiro supermercado Pão de açúcar. Fiz isso por enxergar ali um negócio promissor, e também para agradá-lo. Homem simples, que não completou o ginásio, tinha uma sabedoria natural. Cordial, uma unanimidade de simpatia. Não dava má notícia, só queria saber de coisas construtivas.